21 de fev. de 2008

Fire Engines - Everything's Roses

Fire Engines - Get Up and Use Me

Franz Ferdinand - Get Up and Use Me

Fire Engines

foi lançada no ano que passou “Hungry Beat”, uma compilação que reúne temas gravados no início da década de oitenta pelos Fire Engines. que dizer? raramente se ouve musica com esta urgência. tem guitarras que parecem afiadas pelo Hattori Hanzo, tem guitarras feitas pela Husqvarna (não, não, tem mesmo guitarras feitas pelos senhores da motosserras, que eu já ouvi o disco), tem bateria desengonçada e baixo a molho. na faixa “Big Gold Dream” dão-se ao luxo de ter teclados que parecem saídos de um dancing manhoso (o meu professor de Sistemas e Controlo uma fez disse dancing).

a minha peça (sou eu que digo “peça”) preferida é, provavelmente, “Everything's Roses”. não consigo encontrar no YouTube um vídeo que faça jus à versão do disco (é assim mesmo, já não vamos para novos e os Fire Engines também não), mas dá para ter uma ideia do que se passa na cabeça daqueles gajos, virtuosos da invenção e do desbragado.

P.S.->há também uma cover de outra banda escocesa (toma lá sr. Kapranos).

6 de fev. de 2008

La Revancha

que me lembre ainda não fiz nenhuma referência no E2AE3MAFDMT à outra co-autora do mesmo, Patrícia Lucas. Patrícia Lucas é, entre outras coisas, uma profunda conhecedora dos meandros mais obscuros do futebol sul-americano. alguns dizem que ela é adepta do Boca, não acredito. outros dizem que ela conhece todo o plantel do Huachipato (ah?), quem sabe? de qualquer das formas queria aqui fazer-lhe um tributo e mostrar-lhe coisas que acontecem. Viva a Patrícia Lucas, Viva o Plastic--Factory, Viva o Alexis Sanchez (fiteiro de merda).

Copa Revancha - River - Boca [3-2]

Um freak.

tenho reparado ultimamente, com muita pena minha, que a palavra “freak” já não tem a força de outros tempos, é uma lástima. a densidade semântica que a palavra encerrava diluiu-se com o tempo e agora qualquer gajo pouco ortodoxo é um frique. contra mim falo: às vezes dou por mim a pensar: “que puto frique!” e na verdade não é nada um frique, é um gajo. então como é que uma pessoa sabe o que um frique, Sandra? é preciso, como é óbvio, não perder de vista a definição. e então qual é a definição, Sandra? a definição clássica de frique como se sabe é: tipo que tocava na Magic Band (reparem no guitarrista à vossa esquerda e, segundo diz a Patrícia, à direita da banda; como podem imaginar não tenho como confirmar esta segunda informação, eu não confiava muito, a Patrícia não se move em linhas rectas).

fica aqui o meu humilde contributo para esta causa do uso parcimonioso e cirúrgico do termo.

Captain Beefheart no Beat Club - 1972

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